Ingerir alimentos com óleo de palma provoca cancro? O que diz a ciência

O óleo de palma é um óleo vegetal amplamente utilizado em várias áreas (como alimentação, cosmética, entre outras) por ser versátil e mais barato do que outras opções. Em vários vídeos nas redes sociais alega-se que ingerir óleo de palma provoca cancro. Num deles, uma mulher diz mesmo que dar produtos com óleo de palma aos filhos é equivalente a dar-lhes um diagnóstico de cancro. Mas será mesmo assim?

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Cancro é "um mecanismo de sobrevivência"?

A alegação de que o sumo de limão combinado com bicarbonato de sódio tem propriedades anticancerígenas é amplamente divulgada em redes sociais. Mas não há evidência científica robusta que comprove os efeitos alegados nestas publicações.

A deteção precoce do cancro não tem qualquer impacto na sobrevivência?


Num vídeo com milhares de visualizações no TikTok, um alegado médico garante que a deteção precoce de um cancro não tem qualquer impacto na sobrevivência — é igual detetá-lo numa fase inicial ou final. Mas será mesmo assim?

Este livro descreve mesmo a cura para o cancro?

Circula no TikTok uma imagem de um livro antigo que promete curar o cancro com uma “pasta escariótica” de arsénio ou zinco. O método, criado por Perry Nichols no início do século XX, baseava-se na falsa ideia de que o cancro é um fungo. Segundo o Cancer Research UK, isso é falso e o tratamento não funciona.

Cartilagem de tubarão cura o cancro?

Em vários vídeos nas redes sociais, alega-se que a cartilagem de tubarão pode curar o cancro. Essa crença ganhou popularidade, nos anos 90, com o livro “Sharks Don’t Get Cancer”, de William Lane. Mas tem fundamento científico?

Existem mais de 200 tipos de cancro?

A palavra “cancro” não se refere a uma doença em particular, mas a várias doenças que podem ser classificadas de diferentes formas. O mais comum é segmentar os cancros de acordo com o órgão ou tecido em que se desenvolvem — “cancro do pulmão”, “cancro do colo do útero”, etc. Mas quantos tipos existem?

Cancro pode "criar" vasos sanguíneos para se alimentar?

As células cancerígenas precisam de oxigénio e nutrientes para sobreviver. Nos tumores pequenos, os vasos próximos chegam, mas à medida que crescem, o interior fica sem acesso. Para resolver isso, as células enviam sinais que estimulam a formação de novos vasos sanguíneos?

Limpar a casa aumenta tanto o risco de cancro como fumar 20 cigarros por dia?

Diz-se nas redes sociais que limpar a casa uma vez por semana é equivalente a fumar 20 cigarros por dia e, por isso, aumenta, na mesma medida, o risco de desenvolver cancro do pulmão. Mas será mesmo assim? Os produtos de limpeza são cancerígenos? E aumentam tanto o risco de cancro do pulmão como fumar?

Aloe vera previne o cancro e ajuda no tratamento?

Num vídeo partilhado no TikTok alega-se que a aloe vera é uma planta “anticancro”, capaz de “prevenir e ajudar no tratamento” de vários tipos de cancro, devido às suas características e compostos “antioxidantes” e “anti-inflamatórios”. Mas será mesmo assim?

O "Vital" é um projeto editorial do Polígrafo e do Viral Check que conta com o apoio da Fundação Champalimaud.

A Fundação Champalimaud não é de modo algum responsável pelos dados, informações ou pontos de vista expressos no contexto do projeto, nem está por eles vinculado, cabendo a responsabilidade dos mesmos, nos termos do direito aplicável, unicamente aos autores, às pessoas entrevistadas, aos editores ou aos difusores da iniciativa.

Porque é que há cada vez mais adultos jovens com diagnósticos de cancro?

A idade avançada é um fator de risco quando se fala de cancro, mas nas últimas décadas tem aumentado a incidência da doença em adultos jovens. Entre 1990 e 2019, o número de novos casos de cancro em pessoas entre os 14 e os 49 anos aumentou quase 80% globalmente, segundo um estudo publicado na BMJ Oncology em 2023. Portugal segue a tendência de forma moderada: entre 2001 e 2021, os casos de cancro em adultos jovens aumentaram 15%, segundo o Registo Oncológico Nacional.

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Obesidade e cancro: qual a relação?


A obesidade é uma doença crónica multifatorial que tem um impacto considerável na saúde. Está associada a mais de 200 complicações médicas, entre as quais diabetes, doença cardiovasculares, incontinência urinária, artrite e depressão. Mas será também um fator de risco para o cancro?

A doença oncológica é uma das principais causas de morte em Portugal. Em 2022, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), 48,9% das mortes estavam associadas a doenças do aparelho circulatório e tumores malignos.

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Quimioterapia, radioterapia, terapias direcionadas e imunoterapia: O que as distingue? 

Quando se fala em tratamentos do cancro, surgem muitas possibilidades. Quimioterapia, radioterapia, terapias direcionadas ou imunoterapia são abordagens distintas, e a escolha entre elas depende de vários fatores, como o tipo de cancro, o estadio da doença ou o estado geral de saúde da pessoa.

“Atualmente temos várias formas de tratar o cancro e cada uma funciona de maneira diferente”, começa por explicar João Vasco Barreira, médico oncologista e um dos autores da página ‘The Twin Docs.

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Efeitos secundários da quimioterapia: Quais são e como geri-los?

Existem vários tipos de tratamento para o cancro, como a quimioterapia, a radioterapia, a cirurgia e a imunoterapia. A escolha da terapêutica depende de fatores como a idade do doente, o estado de saúde geral e o tipo, o tamanho, o estadio e a localização do tumor. A quimioterapia é um dos tratamentos mais utilizados, devido ao seu mecanismo de ação e à sua eficácia, mas está associada a alguns efeitos secundários. Quais são e como geri-los? As oncologistas Ana João Pissarra e Cláudia Vieira respondem.

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Cancro em Portugal: O que dizem os dados?


O cancro é uma das principais causas de morte em Portugal e uma das doenças que mais preocupa os portugueses. Em 2021, o cancro foi “a segunda principal causa de morte em Portugal (23%), logo a seguir às doenças do sistema circulatório (25%)”, segundo os dados estatísticos disponíveis no perfil do cancro em Portugal de 2025. Mas o que nos dizem realmente os números? Quais os cancros mais comuns na população portuguesa? Quais as diferenças entre homens e mulheres? E qual o cancro mais mortal? Neste artigo, analisamos os dados estatísticos.

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O cancro do cérebro ficou “vincado” em David Pires. Fundou uma associação que quer apoiar outros doentes

"Acho que não percebia bem o que estava a acontecer”, diz David, já com alguma distância do momento. “Era muito novo, tinha 19 anos, foi assustador”. Foi no carro que recebeu a chamada a dar conta de que a massa no cérebro era um tumor maligno. Estava com os pais e lembra-se da frase que o pai disse: “Vamos ter de ser muito fortes”.

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